A fertilidade feminina pode ser acometida por diversos problemas. Para entender melhor as causas, é importante que a mulher busque ajuda de uma clínica especializada. Isso deve ser feito após um ano de tentativa com relações sexuais sem métodos contraceptivos que não tiveram sucesso. 

A seguir, listamos as principais doenças que podem interferir na fertilidade feminina e devem ser diagnosticadas e tratadas para garantir que a mulher possa desenvolver uma gestação. Acompanhe.

Doenças que interferem na fertilidade feminina

O processo de envelhecimento da mulher é um fator que interfere na fertilidade feminina. Afinal, com o passar dos anos, os óvulos também vão envelhecendo e diminuindo sua qualidade. Além da idade, separamos as principais doenças que podem afetar a fertilidade feminina. 

Endometriose

O endométrio é a camada interior que reveste o útero. A endometriose é caracterizada pela presença do endométrio em diferentes partes do corpo que não seja o útero. Os casos mais comuns da doença ocorrem com o crescimento do endométrio nas trompas, prejudicando a fertilidade feminina.

A infertilidade relacionada a essa doença pode ocorrer devido às alterações na anatomia pélvica da mulher durante os ciclos menstruais. Além disso, estudos associam a endometriose a uma qualidade de reserva ovariana ruim. A endometriose pode causar obstruções nas trompas e também formar cistos ovarianos, tornando necessário a realização de cirurgia.

A endometriose pode provocar cólicas intensas e dores durante as relações sexuais. Contudo, ela também pode ser assintomática, ou seja, não apresentar sintomas. Desse modo, muitas mulheres só descobrem a endometriose após buscarem ajuda médica para investigar as dificuldades para engravidar. 

Ainda que seja a principal doença a causar infertilidade em mulheres, a endometriose pode ser tratada. As terapias disponíveis para combater a endometriose e permitir a gestação podem ser medicamentosas, cirúrgicas ou por meio de tratamentos de reprodução assistida. A escolha é individualizada e feita de acordo com sintomas, exames e outros fatores considerados pelo especialista.

Alterações em óvulos e ovários

A fertilidade feminina também pode ser afetada devido aos problemas em óvulos e ovários. Desordens como ausência da ovulação ou falta de periodicidade na produção dos óvulos podem comprometer a fertilidade, assim como outros problemas.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A síndrome dos ovários policísticos é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de cistos, causando o aumento dos ovários e comprometendo de forma direta a fertilidade feminina. 

Por ser um problema endócrino, a síndrome é, na maioria das vezes, tratada de forma hormonal, por meio do uso de pílulas anticoncepcionais e medicamentos usados para regular o ciclo menstrual.

Insuficiência ovariana prematura

Também conhecida por menopausa precoce, a insuficiência ovariana prematura é caracterizada pelo encerramento da ovulação em mulheres antes dos 40 anos. Entre suas causas estão doenças autoimunes, tratamentos quimioterápicos, infecções e mais.

Excesso de prolactina

Outro problema que pode afetar a fertilidade feminina é o excesso de prolactina. Essa superdosagem no organismo reduz a produção do estrogênio, hormônio responsável pelo controle da ovulação. 

Alterações nas trompas

As alterações nas trompas são responsáveis por 30% a 40% dos casos de infertilidade feminina. São diversas as doenças e cirurgias que podem causar alterações e danos nas trompas uterinas, interferindo na fertilidade e impossibilitando a gestação.

Endometriomas

O endometrioma é a formação de cistos de tamanhos variados, mais frequentemente localizados nos ovários. Essas formações costumam ser formadas por sangue e restos de tecidos do endométrio, e acometem a fertilidade feminina.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é causada por microrganismos que invadem o organismo da mulher por meio da vagina. Em geral, a causa pode ter mais de um agente causador. 

Essa inflamação pode ser resultado de uma infecção sexualmente transmissível (IST) que não foi tratada corretamente, como a clamídia ou gonorreia, por exemplo. Entre os principais sintomas da doença inflamatória pélvica estão dores abdominais, febre, corrimento e sangramento. Em casos mais graves, a inflamação exige, além de medicamentos, tratamento cirúrgico para retirada de possíveis abscessos. 

Como preservar a fertilidade?

Além das doenças acima, uma vida com hábitos nocivos também pode comprometer a fertilidade feminina. Fatores como estresse, sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo de drogas, abuso de álcool e uso de anabolizantes estão relacionados à diminuição da fertilidade na mulher. Por isso, algumas formas de preservar a fertilidade incluem a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia.

São muitas as alternativas que podem ajudar na preservação da capacidade reprodutiva. Além de tratamentos clínicos e cirúrgicos, outros procedimentos contribuem para melhorar a qualidade e aumentar a fertilidade em mulheres. 

Para isso, é importante consultar um especialista na área. Assim, por meio de exames específicos, é possível identificar as causas que estão interferindo na fertilidade feminina, e também definir o tratamento indicado.

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