Testes para diagnosticar possíveis problemas na fertilidade masculina são recomendados caso você e sua parceira apresentem dificuldades em conceber naturalmente, já passaram por dois ou mais abortos ou pelo nascimento de um natimorto.
Os testes podem incluir:
Exame físico e clínico
Durante sua primeira consulta, seu(a) médico(a) investigará hábitos relevantes a sua saúde (atuais ou antigos), doenças na infância, acidentes, uso de substancias, tabagismo, exposição à radiação, metais pesados ou a pesticidas, medicamentos. Ele(a) também perguntará sobre sua frequência sexual, como está a qualidade da sua ereção, libido e até mesmo sobre a saúde sexual da sua parceira. O exame físico tem a finalidade de investigar possíveis problemas em seu pênis, epidídimo, ducto deferente e testículos, além de varicoceles (veias varicosas que podem causar uma temperatura testicular mais alta que o normal e afetar a qualidade dos espermatozoides). O objetivo é coletar informações que ajudem você e seu(a) médico(a) perceberem se existem ou não possíveis problemas com a sua fertilidade.
Análise do seminal
A amostra para esse exame é coletada através da masturbação. Antes de fornecer uma amostra, você deve manter abstinência sexual de no mínimo 48 e máximo 72 horas. Itens como volume, número, concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides serão analisados e os resultados ajudarão descobrir sobre sua potencial capacidade de fertilizar o óvulo de sua parceira. Se os resultados forem anormais, o teste será repetido pelo menos mais duas vezes.
Mesmo que o teste mostre um baixo número de espermatozoides ou nenhum espermatozoide, isso não necessariamente significará que você é permanentemente infértil. Pode apenas indicar que há um problema com a produção ou com a ejaculação do esperma. Mais testes podem ser requisitados para estabelecer um melhor diagnóstico e assim identificar o tratamento mais adequado.
Perfil Hormonal
Os hormônios masculinos, incluindo a testosterona, são vitais para a produção de espermatozoides e o desenvolvimento sexual, portanto, um exame de sangue é comumente realizado para examinar seus níveis hormonais. Por exemplo, o hormônio folículo-estimulante (FSH) é um hormônio pituitário que comanda os testículos a produzir espermatozoides. Níveis altos podem significar que os seus testículos não estejam respondendo bem a esse comando.
Ultrassonografia Transretal
Neste caso, uma sonda é colocada no reto, a qual emitirá ondas sonoras para os ductos ejaculatórios próximos. A imagem resultante revelará se suas vesículas seminais e ductos ejaculatórios estão mal formados ou bloqueados.
Biópsia Testicular
Você pode precisar desse teste se a contagem de seus espermatozoides for muito baixa ou inexistente. Sob anestesia geral ou local, um pequeno fragmento do tecido de cada testículo será removido e estudado ao microscópio. A biópsia serve dois propósitos: ajudar a encontrar a causa da infertilidade e coletar espermatozoides para uso em tratamentos de reprodução assistida.
Exame de urina pós-ejaculatório
Testa a presença de espermatozoides e analisa o número de glóbulos brancos (células do sistema imune) na urina. Se a análise do seu sêmen mostrar uma contagem alta de glóbulos brancos e os resultados do seu exame de urina confirmarem números anormalmente altos dessas células, isso pode indicar uma infecção ou inflamação. Se espermatozoides estiverem presentes na urina, isso pode indicar ejaculação retrógrada.
Testes genéticos
Realizados a partir de amostras de sangue, visam investigar possíveis causas genéticas da infertilidade masculina tais como defeitos cromossômicos, mutações ou doenças genéticas.
Teste de fragmentação do DNA do espermatozoide
Danos no DNA do espermatozoide acontecem em todos os homens. Porém, uma alta porcentagem de espermatozoides com DNA danificado pode afetar a capacidade do espermatozoide de fertilizar o óvulo, a qualidade do embrião resultante após a fertilização e mesmo o sucesso da gravidez. Testes de fragmentação de DNA como o TUNEL e o COMET, entre outros, analisam quantitativamente e qualitativamente a extensão dos danos no DNA dos espermatozoides em uma amostra de sêmen.
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